01 abril 2010

Exclusivamente para Homens

O homem precisa de duas colunas para se sustentar. Elas são o seu Criador e uma companheira. Essas duas colunas na vida de um homem são específicas. A primeira coluna é a mais importante. Se é difícil viver sem a companheira, é impossível viver sem Deus.

Desde tempos imemoráveis nós imaginamos ser deuses. E se não o somos, da divindade prescindimos, porque acreditamos ser capazes de solucionar todos os nossos problemas, sejam eles espirituais, psicológicos ou materiais. Alguns homens do passado protagonizaram o papel de ator principal do céu aqui na Terra. Na babilônia antiga, por exemplo, Nabucodonosor invocou para si adoração; os imperadores romanos buscaram a glória e os faraós do Egito pensavam ser imortais. Almejamos adoração, glória e imortalidade numa jornada insana. Se existe outro deus além do ser humano nossa ignorância o despreza. Mas nosso sonho de poder é frustrado pela certeza da morte.

Por conta da expectativa do fim, queremos eternizar os momentos da vida pelo poder financeiro ou político. E mais, exploramos a sexualidade como se fosse fonte inesgotável de vida e de juventude. Entregamo-nos ao prazer sexual motivado pelo desejo sem limite, nem pudor, respeito próprio, muito menos pelo semelhante com quem nos relacionamos. Perdeu-se a referência do que é belo e bom, cedendo lugar para o que é vulgar. Sabemos que o poder e o prazer são ilimitados, porque a propulsão deles é o desejo. Quem se entrega a isso se realiza sem ver nada além da satisfação pessoal. Se encarada por esse ângulo, a eternidade tão sonhada não traz paz, nem equilíbrio para a alma vazia.

O contraponto para destronar a eternidade humana está numa vida de renúncia, humildade, amor e perdão. Quem busca viver segundo esses valores, descobre o quanto é carente de uma “fonte de água viva”. Em confronto consigo mesmo e na decepção do ego, percebe-se esse vazio na alma. Na comparação do amor com o ódio; do perdão com a guerra; da vaidade com o desprendimento; da humildade com a exaltação; reconhecemos a falência da proposta humana. Vê-se aqui o primeiro passo para a mais difícil luta já travada no íntimo de cada um: negar a si mesmo em favor de outrem. O abandono da eternidade humana, nada mais é do que a prática dos princípios de Deus nos relacionamentos com o semelhante.  Descobre-se que há um Deus. Inicia-se a busca para conhecer o Criador. A eternidade Divina, para o homem, começa com a morte da eternidade humana.

A outra coluna da vida do homem é a mulher, a quem ele chama de companheira, auxiliadora, amiga, destino de seu amor e dedicação, por quem entrega a própria vida em favor da felicidade dela. Por isso, ela é especial. O livro bíblico de Provérbios dedica o último capítulo a esse ser sublime. A canção começa e termina com elogio e descrição de suas inúmeras qualidades.

Victor Hugo em seu poema “O Homem e a Mulher” exalta a mulher como o mais belo dos ideais, capaz de todos os martírios. Para o poeta ela é um anjo inefável, poesia que deslumbra; rouxinol que canta. Por fim, conclui dizendo: “o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu”. A mulher é a expressão do amor de Deus. O homem deve dedicar-lhe o mais puro dos sentimentos. Amar a mulher é amar a Deus. Ela é uma dádiva do Criador.

Se um homem estiver estruturado nessas duas colunas encontrará segurança, equilíbrio e felicidade.